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Fazer Hard Rock e Heavy Metal no Brasil realmente é para quem ama esse tipo de música. Nesse último fim de semana, este que vos escreve teve o prazer de conhecer uma grande banda, estou falando da Gallaxy que estava no Rio Grande do Sul para o lançamento do EP “Time To Surrender”. A banda é de Sorocaba (SP), formada por Fábio Gallaxy (vocal); Fabricio Matos (baixo); Eric Motta (guitarra); Alan Aquino (guitarra) e Thiago Fernandes (bateria). Seu show nos transporta direto para os anos 80, eles fazem um grande espetáculo com direito a guitarras gêmeas, refrões marcantes, backing vocals certeiros, agudos poderosos, riffs e solos inspirados além de uma excelente presença de palco.
Após o show no Garagem 319 em Porto Alegre, que também contou com a presença da tradicional Savannah, os músicos da Gallaxy reservaram um tempo para nos conceder esta entrevista:
Insanity: Como surgiu a banda?
Fábio Gallaxy: Foi em 2009, um camarada queria montar uma banda e perguntou se eu queria cantar ou tocar bateria e eu falei que queria cantar, por que baterista tem que carregar muita coisa. A proposta inicial era seguir na linha AOR (Album Orient Rock), aí fomos testando pessoas para definir uma formação. No primeiro show tínhamos um tecladista na formação e além de ter esse direcionamento para o AOR, tocávamos apenas covers. Conforme íamos mudando os integrantes da banda, o som estava indo mais para o lado do metal. Ficamos um ano parados e quando voltamos decidimos fazer as nossas próprias músicas e seguir nessa linha mais pesada do que era no começo.
Insanity: Tem alguma história engraçada do início da banda?
Fábio Gallaxy: Fomos tocar em um clube de strip-tease, a metade da banda queria tocar e a outra metade não podia por causa das namoradas (risos). E Eric que na época ainda não estava na banda acabou sendo expulso do clube.
Fabricio Matos: O Eric foi para assistir o show e era uma festa open bar, com chopp à vontade. Então quando a mulherada começou tirar a roupa ele já estava meio alterado e começou a jogar as cadeiras para cima. Os seguranças chegaram nele e o convidaram “Por favor, se retire do recinto” (risos).
Insanity: Como foi o processo da gravação do EP “Time to Surrender”?
Fabricio Matos: Foi bem complicado, nós sempre tivemos problemas com bateristas. O nosso baterista anterior é nosso amigo, mas não gosta desse tipo de som. Quando começamos o processo todo de gravação e chegou a hora de gravar a bateria ele ficou enrolando muito, depois de um bom tempo ele chegou e disse que ia gravar a depois ia sair da banda. Então depois que ele gravou as partes de bateria, nós começamos a gravar o resto e também a procurar por um nono baterista. Só depois de mixar, masterizar, mandar prensar o álbum que o Thiago apareceu e começou a tocar com a gente.
Eric Motta: Nesse meio tempo nós fizemos duas novas composições que acabaram não entrando no EP e trabalhamos novas ideias. Nós ajudamos na produção também, o produtor mandava as versões mixadas para nós, a gente mudava o que precisava e mandava de volta para o produtor. Até chegar ao produto final foi um longo período.
Insanity: Quem co-produziu o disco?
Fábio Gallaxy: Foi o produtor Jr Jacques.
Insanity: Como está a Cena Hard n’ Heavy de Sorocaba?
Fábio Gallaxy: A Cena em Sorocaba já esteve bem melhor do que é atualmente.
Fabricio Matos: Nessa linha tem a gente, a Lipztick e talvez mais uma ou duas bandas. Nas cidades próximas têm outras bandas legais que fazem o som nessa mesma linha.
Fábio Gallaxy: Já o público infelizmente não está tão forte como gostaríamos. Se acontecer um festival de bandas autorais e forem umas 70 pessoas já temos que ficar contente. Muita gente lota a frente dos eventos para ficar bebendo e acabam nem entrando.
Insanity: Como está a agenda de shows?
Eric Motta: Vamos tocar agora dia 19 em Sorocaba, dia 27 em Votorantim e talvez um para maio e outro para junho.
Fábio Gallaxy: Estamos tentando contatos com as bandas da capital (São Paulo) para possivelmente até a metade de 2016 fazer um show lá, por incrível que pareça ainda não tocamos na capital, já viemos tocar em Porto Alegre e ainda não tocamos na cidade de São Paulo (risos).
Eric Motta: É que os produtores de lá nos fazem propostas estranhas, nos oferecem a terça-feira ou a quarta-feira para tocar e temos que vender uma quantidade alta de ingressos antecipados. Aí nas sextas e sábados eles só colocam bandas covers para tocar, então é difícil competir com as “panelinhas” que rolam por lá.
Insanity: Fora os shows, o que mais vocês pretendem fazer para divulgar o EP?
Fabricio Matos: Como somos uma banda independente tudo se torna mais complicado. Fizemos o show de lançamento do disco em Porto Alegre e estamos torcendo para que as coisas comecem a acontecer. Temos a ideia de fazer um vídeo clipe, mas como nós temos que bancar tudo acaba levando um pouco mais de tempo.
Insanity: Como o público pode adquirir o álbum?
Fábio Gallaxy: Diretamente conosco através da página da banda no facebook, mandamos para todo o Brasil e também para o exterior, já temos contatos com uma galera interessada na França e também do Japão.
Insanity: Como de praxe, sempre deixamos o espaço final para a banda falar diretamente para o público:
Eric Motta: Eu quero agradecer o pessoal que compareceu mesmo com chuva e falar que é um prazer imenso tocar aqui no Sul.
Fábio Gallaxy: Temos que agradecer os nossos irmãos da Savannah por todo o apoio e dizer que eu adoro o Rio Grande do Sul, tenho família aqui e sempre que posso venho ao estado.
Fabricio Matos: Quero agradecer o apoio de todos que estiveram com a gente esse tempo todo, muito obrigado por tudo.
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