Fotos: Nestor Martinez e Facebook
O que começou como um projeto formado em 2009 por Luciano Lee (voz e baixo) e seu sobrinho Lucas Machado (guitarra), está ganhando força e hoje é uma das promessas do Hard Rock Gaúcho. A banda começou com o nome Obs.Cena, que perdurou até meados de 2014, quando descobriram que um outro grupo tinha o mesmo nome. Foi então que resolveram adotar o acrônimo O.G.I.V.A, que significa Offensive Glorious Invincible Violent Army. O nome combina perfeitamente com a agressividade de suas músicas, mais não imaginem uma agressividade ou uma rebeldia gratuita, as letras ácidas refletem a visão crítica do mundo que Luciano tem. Após problemas com bateristas anteriores, a banda encontrou Guilherme Scherer, o cara certo para comandar as baquetas.
Da esquerda para a direita: Lucas Machado, Guilherme Scherer e Luciano Lee
Conversamos com Luciano Lee, que nos contou um pouco mais sobre a história e os planos para o futuro da O.G.I.V.A.
Insanity: Como surgiu a ideia de montar a banda?
Luciano: Eu tinha saído de uma outra banda em que eu tocava, e estava bem desanimado, pensei em vender meu baixo e desistir de tocar. Mas o Lucas estava evoluindo como guitarrista e sempre aparecia na minha casa com novas ideias, cada dia com mais ou melhorando o que ele já tinha me mostrado, e também começou a investir em equipamentos, em pedais de distorção. Aí eu achei interessante a dedicação dele e propus para ele começar a gravar aquelas músicas, tentar encontrar um baterista e tocar pra gente se divertir.
Insanity: Como funciona o processo de composição?
Luciano: Geralmente o Lucas traz os arranjos e eu faço as letras. Nós temos um grande amigo que é professor de inglês, e assim que finalizo uma letra eu passo pra ele, então ele faz a tradução para o inglês, que é a língua que escolhemos usar. Nós não queríamos usar um “inglês de internet”, então é muito importante para a banda ter um profissional nos ajudando com isso. Aí o nosso sempre eficaz baterista, o Guilherme, define o tempo, coloca as ideias dele, realmente dá uma estrutura coesa para as músicas.
Insanity: Qual é o conceito das músicas?
Luciano: A música chama-se Fighting for Life, gravamos com um baterista que já não está mais na banda. Não houve um lançamento dessa música, simplesmente jogamos na rede. Não teve uma grande repercussão, mas era o que se esperava. Independente disso, nós ficamos muito satisfeitos com a música, eu mais ainda, por ter conseguido cantar (risos), já que até então eu não me via como o vocalista, mas a música estava pronta e precisávamos que alguém gravasse os vocais, como eu tinha feito a letra, e contando com a ajuda do produtor Sebastian Carsin, eu arrisquei. Fui melhorando a cada take e conseguimos um resultado muito satisfatório.
Insanity: Quais são as influencias da O.G.I.V.A?
Luciano: Não podemos deixar de citar bandas como Led Zeppelin, Van Halen, UFO, Jimi Hendrix, Rush e as bandas dos anos sessenta e setenta que fizeram história. Os grandes Deuses do Rock; nós não estamos pelo cabelo, estamos pelo timbre, estamos pelo som.
Insanity: A banda pretende lançar o material em que formato: singles, EP ou um disco completo?
Luciano: Vamos gravar e refazer algumas coisas, como a bateria da Fighting for Life. Não se vive de música nesse país, temos contas a pagar, família, então gravar se torna um processo lento. Quando finalizarmos no mínimo doze músicas, vamos nos reunir e decidir se vamos mandar prensar um disco físico ou se vamos lançar só pela web, eu acho interessante fazer as duas coisas. Não descarto a possibilidade de negociar com gravadoras independentes para prensagem e distribuição.