Os pais do Heavy Metal, Black Sabbath, trabalharam muito duro até atingir o status de lenda que possuem hoje. Mesmo antes de chegar ao nome que ficará marcado para sempre na história da música pesada, o quarteto de Birmingham (Inglaterra) formado por Tony Iommi, Gezzer Butler, Ozzy Osbourne e Bill Ward já chamava a atenção pelos pubs que abriam espaço para novas bandas. No livro “Black Sabbath – The Thrill of it All”, de David Tangye e Graham Wright, lançado no Brasil pela Editora Denfire, nos transporta para os bastidores da banda em sua primeira década de existência, passando pelo trabalho duro, as primeiras conquistas, o estrelato e os excessos que vieram na sequência, até o fim da primeira era com Ozzy.
Dividido em 22 capítulos, o livro nos conta sobre a juventude dos garotos que mudariam a história da música pesada, desde que deixaram a escola, passando por seus primeiros em empregos e o momento em que passam a se dedicar exclusivamente a banda.
Ozzy trabalhou como testador de buzinas de automóveis, mecânico, pintor de paredes, além de seu infame emprego no matadouro. Já Bill entregou carvão nas ruas da cidade, Gezzer em um escritório de contabilidade, e Tony como metalúrgico, período onde sofreu o acidente que cortou as pontas de seus dedos da mão direita.
Tony começa a se destacar no cenário da região quando passa a integrar a banda de Blues Rock Mythology, A partir de fevereiro de 1968, Bill Ward é apresentado como novo como baterista. Então já temos metade do Black Sabbath reunidos. Mas, após serem presos por posse de cannabis, o grupo sofre com a falta de shows e encerra suas atividades.
De volta a Birmingham, o anúncio “Ozzy Zig needs a gig” chama a atenção de Tony. O guitarrista temia que fosse um conhecido dos tempos de escola, em que Tony fazia bullying, e realmente era. Mas logo o senso de humor de Ozzy dissipa o mal estar inicial. O cantor apresenta Gezzer e o quarteto está finalmente reunido.
Foram muitos dias de trabalho duro e pouca grana, com a banda passando horas dentro da van, rodando para qualquer lugar que quisessem contratar seus serviços. Era uma época tão precária que Ozzy chegou a caminhar descalço até o local do ensaio. Sendo motivo de risos quando chegou, mas após os instantes de graça, a pena tomou conta dos outros músicos que conseguiram juntar algumas moedas para o cantor ir até a sapataria mais próxima e comprar uma par de sandálias “Jesus boots”.
Os escritores também nos contam em detalhes quando Tony resolve deixar banda, ainda conhecida como Earth, para se juntar ao Jethro Tull. Mas logo se arrependeria e voltaria ao seu grupo de origem.
Em 1969 após algumas excursões para a Alemanha e muitos shows realizados por todo o Reino Unido, a banda decide mudar seu nome para Black Sabatth. Eles já tinham uma música com o mesmo nome, inspirada pelo filme estrelado por Boris Karloff, que fazia muito sucesso ao vivo.
A partir daí o livro nos leva por diversos momentos marcantes, como as primeiras gravações em estúdio. O contrato para o primeiro álbum, as polêmicas que a arte do disco causou, com a banda sendo acusada de satanismo e perseguida por lunáticos envolvidos com magia. O problema que isso trouxe para o grupo em sua primeira tour na América, com o medo de serem vinculados aos seguidores de Charles Manson, que tinham cometidos assassinatos brutais alguns meses antes.
O sucesso dos primeiros álbuns trouxe muitas oportunidades para o Sabbath, que passa a viajar pelo mundo, com show cada vez maiores. O que aumenta a produção, o trabalho da equipe, os gastos e os excessos que a vida na estrada traz. Aliados aos problemas de gerenciamento da parte financeira, as tensões entre os membros começa a aparecer. A partir do momento em que passam a se auto administrar, a banda precisa aparar algumas arestas contratuais que os fazem perder muito dinheiro, mas com o controle sobre seus próximos passos.
A vida na estrada colidindo com as vidas pessoais. Os problemas com excessos e vícios, aliados ao esgotamento físico e mental, as diferentes formas de ver o direcionamento musical a se seguir e outras milhares de pequenas coisas fizeram o Black Sabbath chegar ao fim da sua primeira década de existência com sua formação original sem condições de permanecer junta.
Mas o caos, a diversão, os desafios, as perdas e as conquistas podem ser conhecidas nesse maravilhoso livro que registra um momento histórico para um grupo de músicos que moldaram um estilo musical seguido por milhões de fãs ao redor do mundo.
Sobre os autores:
David Tangye foi assistente pessoal e amigo próximo de Ozzy Osbourne no período de auge do Black Sabbath, chegando a morar na residência do músico, conhecida como “Chalé da Atrocidade” . Também foi responsável por organizar audições para os projetos solos do cantor. Esteve presente nas gravações de “Blizzard of Oz” e “Diary of Madman”.
Graham Wright foi assistente de bateria do Black Sabbath e motorista de Bill Ward durante boa parte da década de 1970. Também foi roadie e motorista em turnês de bandas como UFO, Scorpions e Rolling Stones. Além disso é artista plástico, com suas pinturas sendo exibidas no Reino Unido e Estados Unidos.
BLACK SABBATH: The Thrill of it All
Ficha Técnica
Tamanho: A5
Papel: couchè 115g
Número de páginas: 192
Edição: 1ª (maio de 2021)
Idioma: português
Autores: David Tangye e Graham Wright
R$39,90 (frete incluso para todo o Brasil)
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