O segundo álbum do Mooncorpse, “King of the Damned”, já está disponível em todas as plataformas digitais, contendo nove faixas que transitam entre influências que vão de bandas clássicas como Bathory e Moonspell, até nomes mais recentes, como Carach Angren e Year of the Goat. Lançado no dia 14 de março, o CD teve produção assinada por Vitor Munhoz, antigo parceiro de banda do multi-instrumentista Thiago Gasulla, que já havia trabalhado na gravação do debut “In the Mouth of Madness” e do split com o Vallandur, intitulado “Ancient Doom”.
A temática lírica, como Gasulla já havia comentado, aplica sua paixão por temas de terror e fantasia, e no caso de “King of the Damned”, a temática gira em torno da história de um rei, que lidera a “legião da noite” (“Legion of Night”, segunda faixa do álbum). No decorrer da música o rei é exposto como uma figura desconhecida para então ser apresentado na faixa-título, onde sua história é apresentada. Em “Death March (Ritual)”, que encerra o CD, há uma conjuração das tropas “mortas”, enquanto, segundo Gasulla, “as outras músicas acabaram se tornando um complemento com histórias de terror”. O músico ainda explica o fato de as faixas “Death March (Awakening)” (intro) e “Death March (Ritual)” (outro) serem praticamente iguais, abrindo e encerrando o trabalho: “O interessante de terminar o álbum com a faixa “igual” da abertura faz com que quando o CD começa, o CD termina, começando praticamente a mesma faixa, fazendo uma ligação entre elas”.
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A inspiração lírica de “King of the Damned” deve-se em grande parte na história do Kraven King, do universo Warhammer. Para quem não conhece, Warhammer é um jogo de guerra em miniatura de mesa com um tema de fantasia medieval que simula batalhas entre exércitos terrestres de diferentes facções. O jogo foi criado por Rick Priestley e sua primeira edição lançada em 1983.
As outras faixas abordam temas diversos, como “Wretched Queen”, a história de uma “drider” (no jogo de interpretação de Dungeons and Dragons, um drider é uma aberração que antigamente era um drow. Driders são criaturas semelhantes a centauros no jogo, aparecendo como drow da cintura para cima, com suas porções inferiores substituídas pelo abdômen e pernas de aranhas imensas) que ataca suas vítimas após seduzi-las e as transforma em escravos, enquanto “The Graveyard” fala de um coveiro que se depara com o ressurgimento de mortos-vivos. “Dragon of Chaos” aborda uma história de leviathan/serpente do gênesis, que destrói o paraíso. A música traz a filosofia anti-cósmica e caosófica, enquanto “Ouija” fala de um homem que encontra o tabuleiro e resolve jogar; mas acaba possuído.
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Texto: Maicon Leite/ WarGodsPress
Imagens: Divulgação